O nódulo tiroidiano é uma lesão dentro do parênquima da glândula da tiroide que pode ser sólida, líquida ou uma lesão mista com ambos os componentes. Tem uma prevalência de aproximadamente 10% da população adulta. Os fatores de risco para nódulo de tireoide incluem: sexo feminino, idade maior que 40 anos, deficiência de iodo, e antecedente familiar de nódulo tiroidiano. Eles podem ser funcionantes, isto é, produtores de hormônios tiroidianos, ou não funcionantes, portanto a investigação inclui exames laboratoriais com dosagem de função tiroidiana.
SEGUIMENTO
O seguimento médico dos nódulos da tireoide é definido de acordo com o quadro clínico e com as suas características ao exame de ultrassonografia. Eles são classificados para um risco maior ou menor de malignidade, isso é, de câncer de tireoide, conforme os critérios ultrassonográficos estabelecidos pelo Thyroid Imaging Reporting and Data System (TI-RADS), mais usado atualmente, e/ou pela American Thyroid Association (ATA).
O Hipotireoidismo ocorre quando a tireoide passa a produzir menos hormônios tiroidianos que o normal ou há uma deficiência na ação desses hormônios, o que gera um alentecimento metabólico. Apesar de ser mais comum em mulheres, esse distúrbio pode acometer ambos os sexos, em qualquer idade.
Geralmente, o hipotireoidismo ocorre devido à Doença de Hashimoto, na qual o organismo produz autoanticorpos (anticorpo anti-tireoperoxidase e/ou anticorpo anti-tireoglobulina) que atacam a própria tireoide, levando à redução na produção de hormônios. Outras possíveis causas são: uso de radioiodo, radioterapia cervical, medicações tóxicas para a tireoide ou ricas em iodo, defeitos congênitos enzimáticos, doença na hipófise ou no hipotálamos, entre outras. O quadro clínico cursa com sintomas muito inespecíficos, mas alguns deles podem ser: alteração do ciclo menstrual na mulher, a pele fria e seca, intolerância ao frio, lentidão dos reflexos neurológicos, fala lenta e arrastada, e até intestino preso.
TRATAMENTO
O tratamento do Hipotireoidismo é realizado com a reposição medicamentosa do hormônio da tireoide. O uso adequado da medicação permite aos pacientes que têm hipotireoidismo levar uma vida saudável e normal.
Enquanto o Hipotireoidismo é a diminuição da produção de hormônios tireoidianos ou da sua ação, o Hipertireoidismo consiste na superprodução e liberação hormonal pela glândula da tireoide, gerando uma aceleração do metabolismo. Os principais sintomas da doença são: fadiga, palpitação, agitação, tremores nas mãos, suor em excesso, perda de peso, aumento no número de evacuações e irregularidade menstrual.
São várias as causas de Hipertiroidismo, como:
O aumento dos hormônios tireoidianos circulantes, por sua vez, é chamado de Tireotoxicose, que pode ser por causa endógena, como as causas de hipertiroidismo já citadas acima, tireoidites, stuma ovarii e metástases funcionantes de câncer de tireoide; ou causa exógena, como a ingestão de altas doses de hormônio tiroidiano, por exemplo. A Tireotoxicose tem quadro clínico e laboratorial semelhante ao do Hipertiroidismo. No caso das Tireoidites, existe uma inflamação da glândula por causa autoimune, medicamentosa, pós parto, idiopática ou secundária a um processo infeccioso, que desencadeia a liberação de hormônios pré-formados por destruição da glândula.
TRATAMENTO
Existem diferentes formas de tratamento do Hipertireoidismo, como os medicamentos antitireoidianos, o tratamento com iodo radioativo e, em alguns casos, a cirurgia de remoção da tireoide, que deverá ser indicado a depender da causa do hipertiroidismo. Além disso, pode haver o uso concomitante de sintomáticos, como betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio. Os medicamentos antitireoidianos tem a função de diminuir a quantidade de hormônio produzido pela tireoide. A radioiodoterapia, feita com a ingestão de iodo radioativo, leva à destruição da tireoide, mas exige dieta e cuidados específicos orientados por equipe especializada. A cirurgia de remoção da glândula é a primeira opção de tratamento em alguns casos, podendo ser feita com a retirada completa ou parcial da tireoide. Os pacientes tratados poderão precisar repor os hormônios tireoideanos, a fim de manter os níveis adequados desse hormônio no organismo.
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